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15 de junho de 2012

Alan Kardec defende irritação de Neymar: 'Uma hora não aguenta'

Alan Kardec na coletiva desta quinta-feira (Foto: Marcelo Hazan /Globoesporte.com)
Alan Kardec, na coletiva desta quinta-feira, no CT
Neymar esteve longe de seu normal durante a derrota por 1 a 0 do Santos contra o Corinthians, no clássico desta última quarta-feira, na Vila Belmiro, pelas semifinais da Libertadores - fato admitido por ele mesmo. Exceção feita à expulsão de Emerson, "provocada" pelo atacante santista, o craque se destacou mais pelos erros e faltas do que por lances brilhantes. Em dado momento, o jogador se envolveu em confusão, após dar entrada dura no zagueiro Leandro Castán, e recebeu cartão amarelo. Apesar do destempero do camisa 11, Alan Kardec saiu em defesa do atleta.

Para o centroavante, não há como Neymar se conter sempre, sofrendo pancadas em quase todos os jogos - no caso específico do clássico, porém, o garoto de 20 anos fez mais faltas (quatro) do que sofreu (três).

- Imagina todo jogo levar dez ou 15 pontapés, jogadas duras e ter de segurar tudo para ele? Acontece muita coisa em campo e tem de se segurar, mas chega uma hora em que não aguenta. Como jogador de qualidade, de Seleção e que futuramente vai atuar lá fora, a tendência disso é só aumentar. Todos querem tirar o espaço dele no campo, mas ele precisa continuar fazendo o que sabe, com movimentação para confundir a marcação - diz o centroavante.

Boa parte da entrevista coletiva de Kardec teve Neymar como assunto principal. Os questionamentos foram sobre a já conhecida "Neymardependência" do Santos. O atacante considera "covarde" a comparação entre o lado esquerdo do Peixe, que conta com o popstar da Vila, com o direito, sem um atacante habilidoso e ainda com Henrique, volante improvisado pelo setor.

Apesar da atuação abaixo da média de Neymar, Kardec lembra que o futebol dá chances rápidas de reviravoltas, pois o tempo entre as partidas é curto. Por isso, acredita no craque bem melhor no jogo de volta contra o Timão.

- É natural essa marcação forte em cima dele, mas não é isso que fará ele deixar de ser decisivo. Claro que esperamos muito do Neymar, que pegue a bola e decida, mas não tocamos para ele e ficamos só na torcida. Às vezes resolve, mas alguém sempre puxa um defensor - diz Kardec.

- Nem sempre vai dar tudo certo, mas futebol tem essa coisa gostosa e interessante de sempre dar a oportunidade de se redimir em breve. Se na quarta não deu certo, domingo já pode mudar toda a história. Tudo o que ele conquistou e tem como jogador é porque merece, tem qualidade e precisa ser respeitado - emenda o atacante.

Por fim, Kardec mostrou otimismo para a decisão no Pacaembu, lembrando que qualquer vitória simples dá ao Peixe ao menos a chance de decidir a vaga nos pênaltis, no caso de repetição do 1 a 0 favorável ao Santos - vitórias por 2 a 1, 3 a 2 e assim por diante garantem a classificação direta. O jogador preferiu não comentar se a sequência de amistosos pela Seleção desgastaram Neymar, que chegou a "desabar" em campo durante um dos apagões dos refletores da Vila Belmiro.

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