"Desfalcados" dos demais amigos pela falta de ingressos disponíveis para o clássico (no total são sete, que se dividiram em outros setores do estádio), a dupla assistiu o jogo em um camarote reservado a familiares dos atletas. O local já é tradicional para eles em partidas na Vila Belmiro e acompanhamos a agonia dos dois durante o clássico. Além do jogo, a intimidade e os bastidores do popstar também foram assunto.
Neymar costuma dizer aos amigos que gosta de partidas decisivas e, segundo Gustavo, sempre foi assim desde os sete anos, quando eles eram adversários e depois viraram parceiros no futsal - lesões impediram o amigo de virar um volante profissional, posição em que ele atuava. Mas diante do Timão, o atleta não estava inspirado. Os dois pareciam sentir o baixo rendimento do jogador, e mostraram abatimento.
Amigos de Neymar dançam 'Tchu, Tcha, Tcha' na Vila Belmiro |
No intervalo, a dupla já se mostrava apreensiva e tentava minimizar o tamanho da influência do Pacaembu, palco já conhecido pelo Santos, como fator fundamental para o jogo de volta. Pareciam prever que o placar de 1 a 0 e o sofrimento seguiriam inalterados, como de fato ocorreu. A cada defesa de Cássio, os dois não acreditavam. Mesmo com a derrota, eles prometeram comparecer ao Pacaembu e novamente apoiar o amigo.
Celebridade e experiências únicas
Tristeza e derrota à parte, os "parças" contaram a maior curiosidade de dez entre dez "neymarzetes": como é estar perto e ser amigo do astro da atualidade no futebol brasileiro? Regalias, fama inesperada e experiências únicas estão entre os fatos desta cobiçada rotina. Apesar de também citarem alguns pontos negativos, Gustavo resume tudo em uma frase:
- Ser amigo do Neymar é uma grande bagunça - define o "parça".
Os 'parças' sofreram com a má atuação do amigo Neymar |
- É uma loucura mesmo, a gente não tem essa noção - admite Guilherme, que conheceu o craque por ter um irmão que estudava na mesma escola do jogador.
Independentemente de toda a fama e dinheiro, ambos garantem: Neymar é uma pessoa simples e não mudou, nem se deslumbrou com o status alcançado atualmente. O lado ruim de conhecer o atleta de tão perto é ver as pessoas o criticarem sem poder defendê-lo como gostariam, para não se expor de forma desnecessária.
Confira algumas histórias curiosas reveladas por Gustavo e Guilherme sobre os bastidores de Neymar:
'Dá pra ganhar do Barça'
"Antes do Mundial, falávamos brincando com ele que não tinha nada de Barcelona, nem Messi, e que ia dar Santos. Ele gostava e falava com bom humor: 'Isso mesmo, dá força'. Depois do primeiro jogo do Barcelona (os espanhóis golearam o Al-Sadd, do Qatar, por 4 a 0), conversamos, e ele achava que ainda dava para ganhar, nós também. Mas depois da final, ele mesmo admitiu que, durante a partida, logo deu para perceber que os rivais eram superiores".
Gustavo e Guilherme estão sempre juntos de Neymar |
"Antes de ir para o UFC, no Rio de Janeiro, nós fomos à casa do Anderson Silva. Nunca imaginava isso. No dia da luta, fomos na casa dele e foi uma das coisas mais marcantes para mim. Conhecer o Ronaldo também foi muito impressionante. Fiquei em choque. Quatro anos atrás via ele na Copa do Mundo, depois ver ele na sua frente, é sensacional".
Bayern de Munique é o time no futebol virtual
"Ele é complicado no futebol. Joga com o Bayern de Munique. Gosta de pegar o Robben com a canhotinha e vai embora (risos). Ele joga também com o Real Madrid. De nós, é um dos melhores".
Carretilha antecipada
"Quando aquele jogador (Alfredo Rojas, do Juan Aurich-PER) falou que ia matar o Neymar na Libertadores, ele disse pra gente: 'Vou dar uma carretilha nesse cara'. Não deu outra. Teve um outro jogo também que ele sabia que o Falcão (ex-jogador do Santos no futsal) iria ver, também nos disse que daria a carretilha e deu".
Amigos de Neymar prometem ir a jogo no Pacaembu |
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