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| Produção da máscara de Neymar foi interrompida, assegura a fábrica |
O Rio de Janeiro não terá máscaras de Carnaval com a imagem de Neymar, do Santos. Pelo menos de unidades criadas na fábrica Condal, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Após a notificação dos advogados do craque, a produção e a distribuição foram suspensas. Tanto a proprietária do estabelecimento, Olga Huch, como Marcos Motta e Lissandro Florencio, advogados do santista, confirmam a informação.
Agora, os advogados explicam o caminho para que a fábrica retome a produção das máscaras com o rosto de Neymar. A proprietária Olga tem de entrar em contato com o Santos ou com a empresa MR Sports, únicos detentores da imagem do atacante autorizados, para licenciar o produto de forma oficial. Essa, aliás, é a única forma legal de comercializar objetos associados ao craque.
Até o momento, Olga diz que havia vendido 500 unidades das máscaras com a imagem de Neymar. A proprietária admite o erro e diz ter interesse em licenciar o produto, mas acredita que não haverá tempo hábil para formalizar um acordo até o Carnaval, em função dos trâmites burocráticos da questão. Apesar disso, ela mantém o projeto de fazer objetos semelhantes usando o santista e todos os jogadores da Seleção, além de Fuleco, mascote oficial da Copa do Mundo de 2014, para lucrar no maior evento de futebol do planeta, que será realizado no Brasil. Desta vez, porém, com os devidos licenciamentos.
- Interrompemos assim que chegou a notificação. Era um protótipo para a Copa, mas as pessoas pediam e começamos em pequena quantidade. Só que estamos errados e paramos. Está tudo cancelado. Alguns clientes reclamaram, mas vamos fazer a coisa da forma certa. Demos a nossa palavra. Podemos errar, mas a nossa palavra prevalece e não sairá mais nenhuma peça – garante Olga.
- Se for simplificado (o acerto do licenciamento), conseguiríamos pôr cinco ou seis mil peças no mercado a tempo, mas com a experiência que tenho acho que não vamos ter o Neymar nesse Carnaval. Foi um erro mesmo, mas permanece a ideia da Copa. Estamos tratando para licenciar e queremos todos os jogadores da Seleção – completa a proprietária.
Motta e Florencio explicam que caso não haja acordo para o licenciamento do produto, será apurado o dano causado a Neymar pelo uso indevido da sua imagem com as máscaras vendidas. Os advogados, inclusive, relatam a reação do jogador e de seu pai, Neymar da Silva Santos, ao verem o objeto.
- Ele e o Neymar pai viram as máscaras. Ele (jogador) tem pena, diz que foi uma homenagem, mas nesse caso houve um intuito de lucro. Homenagem se faz com uma fundação ou algo do tipo. Ele prefere deixar a questão para os advogados – diz Motta.
Os profissionais jurídicos do estafe do santista, por fim, admitem que é difícil fiscalizar a criação de produtos piratas Brasil afora usando a imagem do jogador, mas prometem ficar em cima para descobrir eventuais danos e correr atrás dos direitos do craque.
- O grande recado é que hoje o Neymar é uma empresa, tem um CNPJ por trás e vários contratos de licenciamento. Temos uma equipe de olho nisso, que é um prejuízo claro. Em um primeiro momento, a fábrica pode funcionar, mas sempre que descobrirmos vamos atrás – finaliza Florencio.
Atualmente, o atacante conta com 11 patrocinadores que exploram a sua imagem e permitiram ao Santos viabilizar a renovação de contrato com o jogador até a Copa do Mundo de 2014.

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