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| Robinho feliz da vida com o momento vivido em Milão |
Em paz na Itália, Robinho admitiu que escolhas equivocadas retardaram seu sucesso em gramados europeus. A transferência para o Manchester City, por exemplo, era algo que o ex-santista disse que não repetiria: nem pela forma que deixou Madri, muito menos pelo destino. Os tropeços do passado serviram de aprendizado, ao ponto de apoiar Neymar na decisão de prolongar por mais alguns anos a permanência no Brasil.
Durante o bate-papo, Robinho mostrou que hoje em dia, aos 27 anos, realmente tenta ser mais objetivo: não pedalou para cima de nenhuma pergunta e respondeu com firmeza sobre passado, presente e futuro. Em pauta, a trajetória europeia, o talento do filho Robson Jr., de 3 anos (divulgado em vídeo na internet), Neymar, Kaká, Ronaldinho, Adriano, Mundial de Clubes e, obviamente, Seleção Brasileira, para a qual não foi chamado nas duas últimas convocações.
Como que você viu a opção do Neymar em renovar e ficar mais um tempo no Brasil? Você chegou a dar algum conselho a ele, lembrou da sua história?
Falei com ele das coisas boas e ruins da Europa. Da saudade dos amigos, da cultura diferente. Mas o Neymar fez uma boa escolha. O Brasil está muito bem financeiramente. Talvez, se na minha época fosse assim, eu não teria saído para o Real Madrid. O país tem uma economia boa e os clubes podem pagar um salário maior e manter um jogador como o Neymar. Na minha época, era mais difícil. Ele fez uma boa escolha ao ficar no Santos. O importante é estar feliz, perto dos amigos, da família... E só o futuro vai dizer se foi a melhor opção ou não.

E sobre ele em si? É um jovem que está entre os finalistas do prêmio da Fifa, tem arrebentado. Você acha que ele já está no mesmo nível de Messi e Cristiano Ronaldo?
Acho que ele tem o mesmo nível ou melhor que esses dois. O Neymar vem com um nível muito bom. Porém, na Europa só respeitam jogadores que jogam aqui, né? Existe essa desconfiança sobre o jogador que nunca jogou uma Champions League ainda, uma Copa do Mundo. Na minha opinião, o futebol europeu é tão difícil quanto o brasileiro. Aqui, há mais força física, mas a dificuldade é igual. Às vezes converso com alguns diretores e eles falam: “O Neymar está bem porque está no Brasil. Vamos ver se vai fazer isso na Europa”.
O pessoal pergunta muito a você sobre ele?
Aqui no Milan falam mais sobre o Ganso, que o clube tinha a intenção de contratar. Mas, sobre o Neymar, falam muito bem. O Ibra sempre comenta: “Poxa, o moleque é bom, fez gol”. Sempre procuram saber, sim.
E sobre o Santos no Mundial? Você essa semana enfrentou o Barcelona (derrota por 3 a 2 pela Champions League), viu o quanto é difícil. É possível vencê-los?
É possível, sim. A escola deles é muito boa, toca bem a bola, mas atrás fica muito vulnerável. Eu acredito no Santos. É um time que joga para frente, mais ou menos no mesmo estilo.

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